Genteeeeeee, faz uma semana e dois dias que tô nesse lugar encantador e frio. Frio! Caralho! E que frio.
Eu tô atrasada pra escrever aqui, mas é que quando você chega fica tão atrapalhada das ideias, é tanta novidade, é tanta coisa pra assimilar, que parece que você não consegue se organizar direito pra fazer tudo.
Aconteceu tanta coisa desde que eu embarquei que nem sei por onde começar esse post.
Bom, minha última noite no Brasil eu passei no hospital! Sim! Eu acho que fiquei tão nervosa, ansiosa, triste (porque, sim, um dia antes de eu embarcar o sentimento que eu tinha era de "O que eu tô fazendo? Por que tô indo embora pra longe de todo mundo que eu amo?" - sensação de estar perdida mesmo) que meu corpo reagiu e eu tive uma infecção urinária super forte, a ponto de ter que ir pro hospital tomar remédio na veia e ser medicada de forma correta pelo médico. Eu senti tanto medo de não passar, de ter crise de dor no avião, de chegar na Holanda e já nos primeiros dias precisar de ajuda da hosta pra ir a um médico, ter que gastar com remédios... Enfim, uma infinidade de angústias.
No dia de ir eu tava um bagaço. Olheira, enjôo, choro. Meus pais me levaram pro aeroporto, rolaram aquelas lágrimas de despedida e eu só fui.
Não dormi nem meio segundo no vôo. Ligadaça! 10 horas no primeiro vôo e 3 no segundo. Sinto pena de quem senta ao meu lado no avião, porque eu não paro. Sem contar as mil idas ao banheiro, porque com a infecção eu tava tomando litros de água.
Fiz escala em Lisboa.
Desembarquei em Amsterdam.
Fui barrada na Polícia por estar carregando muitos remédios na mala (Meu maior medo, lembram?).
Pensem no cagaço que eu passei de ter que explicar tudo pro cara com esse meu inglês bem mais ou menos (mais pra menos que pra mais)?
Olha, não costumo me achar não, pelo contrário, mas acho que o que me salvou aqui foi a simpatia e honestidade, viu?! O policial simpatizou e ficou com "dó", rs. Deixou até eu usar o google tradutor pra me explicar haha. E daí entendeu e me liberou. Mas, mew... que medo!
Minha hosta, o irmão dela e o kid estavam me esperando com plaquinha com meu nome e um buquê LINDO de flores!
Desde o primeiro momento, me senti muito bem recebida, acolhida, feliz!
Eu tinha medo de não saber o que falar, como falar, que assunto puxar....
Tudo bobagem, preocupação desnecessária. Ah, se a gente pudesse evitar tanta preocupação desnecessária... Seria bem legalzinho!
Chegamos em casa e eu amei TUDO! Meu quarto é um encanto.
No dia seguinte, me levaram pra passear durante todo o dia, conheci lugares lindos e os melhores amigos da hosta. No outro dia, teve churrasco em casa, com os vizinhos, pra me dar boas vindas! Nesse dia do churras, eu tava triste. Sei lá, bateu bad, chorei... e minha hosta percebeu. Ela foi tão gentil que nem cabe mensurar!
Na segunda, eu já tava melhor! Nossos vizinhos nos ofereceram um jantar e me deram flores e chocolates (Gente, eu nasci pra ser mimada! haha, eu AMO!).
Bom, daí pra frente foram mil descobertas! Eu não fiquei triste mais nenhum dia.
Já conheci 3 cidades novas, fiz vários amigos, andei de trem, de ônibus, a pé, de bike (TODO O TEMPO - prepara a perninha - na chuva, no vento, com 5º e chapada), já comi o que nunca imaginei, já fui mais forte e corajosa do que jamais me passou pela cabeça que eu fosse. Já senti, finalmente, orgulho de mim!
Welcome in Netherlands!
Nenhum comentário:
Postar um comentário