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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Contagem regressiva: 1 semaninha!

O visto
Meu visto ficou pronto exatamente 1 semana depois em que estive no Consulado levando a documentação. Eu fui lá no dia 26/09 e em 3/10 já recebi o e-mail deles avisando que eu já podia retirá-lo.
Lá fui eu e, "meeww!", que satisfação pegar aquele passaporte com o visto holandês! Coloquei num plástico pra não molhar (porque estava chovendo e eu sem guarda-chuva) e pus na cintura. De lá ninguém tirava. Podiam tentar roubar TUDO nesse dia, mas o visto ninguém tirava de mim, rs.

Presentinhos pra host family
Quem tá acompanhando o blog sabe que minha host family é só uma mamis e um boy de 6 aninhos.
Pra ela, estou levando uma havaíanas que achei linda e um hidratante da Natura que tinha fechadinho aqui em casa.
Pro host kid, estou levando uma havaíanas do Batman (porque um dia vi ele com uma camiseta do Batman e então deduzi que ele curta hehe), um slime (aquelas massinhas modernas que parecem uma gosma, sabe?), uma cartela de adesivos do Homem Aranha e uma bandeira do Brasil (que ele pediu - Pois é, a gente aqui no Brasil com ranço da nossa pátria, devido a tantos problemas e, a criança, inocente, querendo ganhar uma bandeira).
Eu também fiz um saquinho surpresa pra cada um deles (fiz um pra mim também, claro!), com coisinhas gostosas, tipo doce de leite, bis, batom, paçoca, bala de yogurt, dadinho, pirulito de coração, sonho de valsa e etc.
A minha mãe, durante muito tempo trabalhou com artesanato em EVA, então, ela fez umas ponteiras (bonequinhos que põe na ponta do lápis pra enfeitar) que deram um super charme! Ficou muito lindinho!
E, nos últimos dias descobri que eles têm uma família de vizinhos que lhes são muito queridos. Tem uma girl da mesma idade do meu host kid e que é a melhor amiguinha dele. Então, eu tô levando um agradinho pra ela também - um saquinho surpresa e um slime rosa.

Presentes do host kid e da host mom














Saquinhos surpresa













A "goodbye party"
Há alguns dias inventei de fazer uma festinha de despedida. Estava naquela angústia se fazia ou não fazia, principalmente, por conta dos gastos. Mas, por outro lado, como não fazer se esse é um momento único e, claro, eu AMO uma festa? Então, nada mais óbvio que fazer uma pra comemorar essa nova jornada. Alguns amigos me deram a dica de pedir pra cada convidado levar sua própria bebida e algo para o churrasco (carne, frango, linguiça, queijinho etc). À princípio achei beeeemmmm chato pedir isso pras pessoas (e continuo achando). Mas, eu achei mais chato ainda não fazer. haha... então, pedi e todos reagiram muito bem e de forma natural; afinal, acho que todos imaginam que os gastos envolvidos nesse processo são muitos.
Vai ser no próximo sábado, faltando 5 dias pro embarque!

Euros
Paguei 938 reais e hoje recebi duas notinhas que mais parecem de brincar no Banco Imobiliário = 200 euros, tudo que vou levar pra passar o primeiro mês. Foi o que deu, galera! Oremos!
Confesso que é meio assustador pensar em passar um mês com esses dois dinheirinhos aí, mas certeza que vai dar certo!

Sentimentos
Olha, resumindo, tá uma baderna nesse coraçãozinho!
Durante ABSOLUTAMENTE todo o tempo em que comecei com essa história de au pair, desde quando comecei a planejar, eu fui completamente tomada pela ansiedade, que já me acompanha naturalmente, mas ficou ainda mais intensa com tudo que foi acontecendo. Insônia, irritabilidade, crises de compulsão alimentar, carência afetiva, entre outras reações negativas foram e continuam sendo muito frequentes. Pra ajudar (ironicamente falando), nos últimos dias fui tomada por um sentimentalismo exacerbado (deixando claro que o meu estado "normal" já é ser uma manteiga derretida) que tá me fazendo chorar por qualquer "a". Meu cachorro me olha, eu choro. Bebo demais, choro. Discuto com alguém, choro. Penso na saudade que vou sentir de algo ou alguém, choro. Tá uma puta choradeira chata. Tô morrendo de medo de ficar sendo a chorona da festa de despedida. haha
Conversando com outras meninas que passaram por isso recentemente e algumas que estão passando, assim como eu, todas me disseram ser normal esse mix maluco de emoções; cabe a nós aceitarmos e termos paciência conosco mesmas, porque vai passar e vão vir coisas maravilhosas por aí. Tenho consciência de que serei tomada por mais um turbilhão de sentimentos (bons e não tão bons) muito em breve, porque a vida é mesmo isso: uma montanha russa.
Que Deus abençoe o rolê!
Bye!

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A ida ao Consulado

Estando a passagem emitida, a agência pode entrar com o pedido de Visto no Consulado.
Feito isso, o Consulado agenda um dia para irmos lá levar a documentação (passaporte, MVV form preenchido - que a própria agência te encaminha - e, a foto nas especificações que eles exigem).
Eu peguei uma carona no Blá Blá Car da cidade que em que eu estava - Taubaté/SP - até o Terminal Rodoviário do Tietê.
Apesar de morar no estado de São Paulo durante toda a vida, nunca tinha andado de metrô de SP sozinha e nunca tinha pisado no Tietê haha
Mas foi suave!
Eu olhei no maps previamente e escrevi em um papel todas as linhas, cores e baldiações que eu precisava fazer.
Maaaasss, nem foi necessário! Vocês acreditam que, junto comigo, pegou carona um cara tcheco que está morando no Brasil há dois anos e sempre vai a São Paulo a trabalho? rs... ficamos amigos e ele estava indo na mesma direção que eu. Adivinhem? O tcheco guiou a brasileira no aeroporto de São Paulo!!! haha, minha cara essas coisas aleatórias que acontecem.
Mesmo assim, claro que fui prestando atenção no caminho, porque na volta eu estaria sozinha.
E não é que fiz bonitinho o caminho de volta?! Achei fácil e rápido.

O prédio do Consulado fica na Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1779, 3º andar, Jardim Paulistano. E não tem nenhuminha placa, gente! É um prédio normal, "Edifício Mauricio", de porta preta:


Nessa avenida do Consulado tem várias padarias e lanchonetes, o que facilita a vida!
E, acho importante dizer que eu cheguei ao Consulado uma hora antes do horário agendado. Como estava vazio, eles acabaram me atendendo antes e fui liberada mais cedo. Então, se você chegar mais cedo que seu horário, vale a pena subir lá pra ver se te atendem antes. E, se não atenderem, você pode ficar sentadinha lá esperando, numa boa.

O lugar onde tiramos fotos para o visto, do jeitinho que eles pedem, fica num pequeno shopping ao lado do Consulado:


E, a loja onde tiramos foto (R$30) fica no térreo, é número 54 e, é uma loja de cosméticos também haha (Fiquei um tempão procurando onde era):


A "entrevista" é super simples... nem é uma entrevista. Você só leva os docs e a foto, colhe digitais, diz que é pra au pair se eles perguntarem (eles falam português), assina algumas coisas e pronto. SUPER RÁPIDO! Me disseram que o prazo pra ficar pronto é de cerca de 10 dias úteis. Eu preferi ir buscar pessoalmente do que solicitar o envio por correio (tem essa opção), porque como meu embarque está bem próximo, fiquei receosa de dar algum problema no Correio e eu passar mais um apuro. Tô tranquila de perrengues! rs
Agora, estou no aguardo do e-mail deles pra dizer que posso ir buscar.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Meu match, meu presente de aniversário!

Você pode sempre renascer, não importa onde esteja.

Minha intenção nunca foi me cadastrar em alguma agência, num primeiro momento. Eu queria encontrar família no aupairworld, ter o "match" e só então entrar pra agência que já fosse da família. But... devida a experiência traumática que contei no último post, eu decidi que me sentiria mais segura me cadastrando em alguma agência e fazendo tudo com a ajuda deles, desde a procura por famílias, até o match, o embarque e o suporte enquanto eu estivesse por lá.
Minha escolha foi imediata - HBN - Huisje Boompje Nanny. Escolhi por "n" motivos, dentre eles, que eu sempre só li coisas boas a respeito deles e estava em contato com meninas prestes a embarcar e que esbanjavam satisfação com o apoio que a agência oferece.
Sério, foi minha melhor escolha! As representantes da HBN no Brasil são EXTREMAMENTE competentes no que fazem. Em especial, a Nadja. Eu não sei, mas ela tem uma luz, uma energia boa, solicitude, empatia e rapidez, que me encantaram desde a primeira vez em que eu falei com ela.
A HBN divide o processo em 4 fases:

1) Introdução - Entrega de comprovante do pagamento de 34 euros da inscrição, interviewform, cartinha para a host family, fotos/montagens, agreement e passaporte.
2) Entrevistas em português e inglês e contato com as referências. Perfil enviado a HBN NL para análise e aprovação. Em caso de aprovação, skype com HBN NL.
3) Matching e documentos. Seu perfil estará disponível para famílias. Enquanto isso você providenciará: Antecedentes IND, antecedentes Polícia Federal, Important details, non marital, healthform e exames (HIV, tuberculose, hepatite A e B e gravidez).
4) Match e visto!!! - Pagamento da contribuição de 800 euros (pode ser mais ou menos, dependendo do período) ou compra da passagem por sua conta. Via recente da certidão de nascimento, apostilamento e tradução. Comparecimento ao consulado de São Paulo para o processo de visto.

Completei a fase 1 e, estando na fase 2, agendamos as entrevistas em português e, em seguida, a entrevista em inglês.

Enquanto eu fazia o processo com a agência e, nesse tempo eu ainda podia continuar online no aupairworld, eu segui paralelamente buscando famílias por lá.
Consegui uns dois skypes, onde uma família nunca nem me deu um feedback e, a outra, não me aceitou porque tomo medicação controlada de uso contínuo. Isso me deixou bem chateada quando aconteceu, porque é horrível sentir que algo te limitou, por mais que você se sinta altamente capaz.
Eis que eu conheci uma italiana que mora na Holanda há alguns anos. É mãe viúva, com um boy de 6 aninhos e eles moram em Leiden, que é uma cidade universitária muito fofinha.
Mewww!! Ela tava procurando alguma menina da União Européia, mas rolou muita sintonia entre a gente, embora no primeiro vídeo eu tenha entendido só uns 30% de tudo que ela falou em inglês haha (to rindo agora, mas na hora rolou desespero rs). Bem, ela não se importou com isso e disse que se eu realmente fosse a nova au pair, nós estudaríamos juntas para que eu melhore (fofa, né?!).
Fizemos mais dois vídeos, sendo que no último era uma terça-feira antes do meu aniversário, que seria no próximo domingo. Nesse vídeo, eu disse pra ela (com o charme do meu inglês rs) que domingo seria meu aniversário e que o presente que eu mais queria ganhar na vida era o mach com a família dela. Hehe, tô ligada que eu fui meio ousada, mas ela riu do meu jeito espontâneo e disse algo do tipo "Ok, let's see ... Sunday I'll give you an answer then".
Pensem no grau da ansiedade que eu fiquei!! E não para por aqui. A ansiedade conseguiu aumentar...
É que no dia seguinte eu recebi o retorno da HBN dizendo que eu não havia passado no teste de inglês. Que eu poderia tentar refazer quantas vezes quisesse, dentro do período de 1 ano. Mas, que sem passar nesse teste, eu não ficaria online para encontrar famílias.
Gente, daí sim eu fiquei perdidona nos sentimentos... fiquei com medo de não ter o match com a italiana e, ao mesmo tempo, não poder estar online pela HBN. E, convenhamos, essa coisa de não passar no teste de inglês (que parece que todo mundo passa) deixa a gente se sentindo meio "sou bosta".
Sobrevivi àquela semana (de terça a domingo). No domingo, umas 10h da manhã, a hosta me mandou mensagem escrita desejando parabéns e tals. E, perguntou se eu teria um tempinho pra uma pequena vídeo chamada. "MAS É ÓBVIO QUE SIM, TODO TEMPO DO MUNDO" - respondi. "Desde que resolvamos essa angústia interna que eu tô sentindo e eu possa comemorar na paz do senhor Jesus esse meu aniversário de 29 anos" - pensei, rs.
Ela tava no meio do Mar Mediterrâneo, em um barco, quando me ligou (Pois é!). rs... e perguntou, rindo, se eu ainda estava disponível, porque ela gostaria que eu estivesse com eles no meu próximo aniversário! Eu era a nova au pair! Uhuuuullllll!!! Isso que é presente de respeito! Chorei, ri, nem conseguia falar direito. Agora, sim, eu tinha uma família cheia de amor e que me aceitou exatamente como eu sou.
Foi o melhor aniversário da minha vida.
Só vai perder pro próximo, que será na Holanda.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Eu, eu mesma e minha vida

Depois de uma péssima semana, hoje tá tudo suave, a chuvinha tá caindo lá fora, meu ser está em paz e, nada melhor que essas condições para dar início às postagens do blog - minha mais nova criação.
Então que eu decidi começar do começo, falando um pouquinho de mim e da minha história (resumidamente, claro, se não a gente ia inteirar umas 15 páginas e ninguém quer isso aqui haha).
O meu objetivo com o Blog, por mais que tenha gente que ache brega e passado (sorry, mores, mas eu sou da época em que blog era sucesso nas paradas), eu optei por esse recurso, primeiramente, porque me sinto feliz escrevendo. Não sei se escrevo bem ou mal mas sempre achei que me expresso melhor pelas palavras escritas do que pelas ditas. E, o segundo objetivo, não menos importante que o primeiro, é talvez conseguir ajudar, inspirar e motivar outras pessoas que de repente podem se identificar com a minha vida.
29 anos, divorciada (sim, eu sei que é bizarro! Quando digo isso, parece que tenho 20 anos a mais), formada em Pedagogia (até hoje não sei porque fiz essa escolha, digamos, peculiar, mas o lado bom foi que eu conheci minhas melhores amigas nessa facul), com uma pós em Letras e fui professora por 5 anos para crianças de 3 a 10 anos de idade.
Infeliz com o caminho em que eu estava, pedi demissão; e, mais perdida ainda, entrei na Administração, aventurinha que durou só um ano e eu já sai também.
E daí que eu não fazia (e cá entre nós, continuo não fazendo) a mínima ideia de qual era/é minha vocação/talento/profissão/ocupação ou seja lá como quer chamar. Sempre me senti assim, perdida! Via amigos se formando, exercendo suas profissões, ganhando dinheiro... não que eu tivesse a ilusão de que todas as pessoas do mundo são felizes com seus empregos, mas pelo menos eles estavam em algum lugar e de alguma forma ganhando um dinheiro, que proporcionava coisas boas (lazer, roupa, saúde, etc). E, eu, continuava sem fazer a mínima ideia de que rumo tomar.
Já com meus 24/25 anos, decidi investir na área de eventos e me especializei em assessoria e cerimonial de casamentos. Abri minha empresa, fiz muitos cursos e a coisa começou a deslanchar! Tava dando certo. Certo! Mas não aquele certo pra alcançar a independência financeira, sabe?
Mas, como eu era casada, meu ex-marido sustentava a casa e eu tinha meu dinheiro pra mim. Era confortável. Até o dia que não foi mais confortável...rs. Eu me separei. No dia 11 de Abril de 2016, depois de 13 anos junto com ele (comecei com 13 - pasmem!) estava eu voltando pra casa dos meus pais, em outra cidade (que fica no fim do mundo, por sinal - uma pequena cidade, pra onde eu sempre temi ter que voltar, e aconteceu), com uma mão na frente e outra atrás. 
Com o tempo vi que não era TÃO fim do mundo voltar pra minha cidade (era só um pouquinho). E que era necessário pra mim, naquele momento, receber o apoio dos meus pais e família; e que bênção eu tê-los! Sai muito novinha de casa (com 17) pra estudar, logo comecei a trabalhar e já casei. Então, de certo modo, foi como se eu precisasse ter voltado pra casa pra resgatar o que ficou perdido há alguns anos. 
Entrei numa nova faculdade (de Eventos), continuei fazendo os casamentos (que continuavam não me trazendo independência financeira, embora eu adorasse fazê-los e fosse boa naquilo), tentei a todo custo fazer vários amigos e me sentir pertencente a uma turma, mas não deu certo. Fiz apenas alguns pouquíssimos amigos, mas dos bons! Inclusive, um deles me ensinou uma das melhores coisas da vida e que vou levar pra sempre: beber cerveja.
Enfim, uma vida normal. Mas aquele buraco no peito continuava. Eu queria me encontrar, me sentir motivada, animada com algo, tendo um objetivo que eu considerasse digno de orgulho. Na verdade, meu lance sempre foi esse... tentar me amar, me orgulhar de mim e da minha história.
E, foi então que em Janeiro/2018, eu tava assistindo um filme nada a ver com o assunto (Uma Linda Mulher) e tive um insight: Se eu não gosto da minha vida e não gosto de onde eu estou, eu preciso fazer algo diferente para colher resultados diferentes, do contrário, vai continuar tudo igual. E, abri o notebook, comecei a pesquisar possibilidades de mudança para o exterior (porque sempre tive essa cisma de que eu queria viver a experiência de morar fora) e a única opção viável pra mim - financeiramente - era o programa de Au pair.
Buttt, esse texto tá muito longo e vou deixar pra escrever sobre a descoberta da realidade "auperiana" num próximo post.
Beijos de luz! =)